Mais e mais políticos manifestaram sua crença de que a inflação no Reino Unido está diminuindo significativamente este ano. No entanto, um dos membros do comitê do Banco da Inglaterra, Catherine L. Mann, disse que a recente introdução de um teto de preços pode estimular a inflação em outros setores ao aumentar os gastos dos consumidores.

"Ao limitar os preços da energia, reduzimos mecanicamente a taxa de inflação, o que é irrelevante para futuras decisões de política monetária", disse Mann durante um painel de discussão na conferência anual da Associação Econômica Americana. "Restringir os preços da energia está forçando uma mudança nos gastos para o restante da cesta de consumo, causando uma inflação potencialmente mais alta", acrescentou. Mann também falou sobre mudanças climáticas globais, argumentando que políticas regulatórias voltadas para a redução de emissões podem mudar o ambiente econômico nas próximas décadas.

O Banco da Inglaterra aumentou as taxas de juros nove vezes desde dezembro de 2021 para conter a inflação o mais rápido possível. Embora o banco agora espere que a inflação caia acentuadamente este ano, os formuladores de políticas estão divididos sobre por quanto tempo as taxas de juros vão subir ainda mais. Mann votou por um aumento de 75 pontos base em dezembro, enquanto o resto do grupo optou por um aumento de meio ponto. Dois outros funcionários optaram por deixar por isso mesmo.

No momento, os investidores estão certos de outro aumento de juros em fevereiro deste ano, mas se será meio ponto ou um quarto é uma grande questão. A ata da última reunião mostrou que a maioria dos formuladores de políticas considera o mercado de trabalho bastante apertado e as pressões inflacionárias sobre preços domésticos e salários permanecem estáveis. Isso justificaria um maior aperto da política monetária.

Em relação ao quadro técnico do GBP/USD, o aumento recorde de sexta-feira de mais de 200 pips foi bastante impressionante. Os compradores precisam quebrar acima de 1,2160 para manter sua vantagem, e a quebra desse intervalo fortalecerá a esperança de uma recuperação adicional em direção a 1,2220. Depois disso, será possível ver uma subida para 1,2260. Mas se a pressão retornar depois que os ursos assumirem o controle de 1,2100, o par cairá para 1,2040 e 1,1980.

No EUR/USD, uma quebra acima de 1,0700 estimulará um aumento para 1,0730 e 1,0770, enquanto uma queda abaixo de 1,0650 aumentará a pressão sobre o par e o empurrará para 1,0610 e 1,0570.